quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Keane: Jornal Metro e Correio da Manhã entrevistam Tim

(cliquem na imagem para aumentar)
Jornal Metro 12 Outubro:


Correio da Manhã 13 Outubro:
Entrevista: Tim Rice-Oxley
"Pensámos acabar. Não queríamos saber disto”
Tim Rice-Oxley, compositor e músico do grupo britânico Keane, fala ao CM sobre o novo disco, ‘Perfect Simmetry’, que é hoje lançado no mercado nacional. E dos tempos difíceis que enfrentaram devido aos problemas do vocalista Tom Chaplin.

Correio da Manhã – O vosso novo disco chama-se ‘Perfect Simmetry’. Porquê?
Tim Rice-Oxley – É uma espécie de ironia, porque é sobre as diferenças entre o que sonhamos, como seres humanos, e o que afinal somos. Arruinamos as coisas ao procurar a perfeição. Criamos ‘big brothers’ que nos controlam...ou andamos a bombardear tudo. O disco tem considerações sérias sobre isso, mas também está cheio de esperança.

– É por isso que soa menos denso do que os anteriores?
– Completamente. Voltámo-nos a juntar para este disco e divertimo-nos muito. Correu bem e as canções traduzem isso, sonora e liricamente.

– Gravaram o disco numa série de cidades: Londres, Los Angeles, Paris, Berlim... Porquê desta forma?
– Porque quando viajamos, quando chegamos a algum lugar novo, isso inspira-nos. É um pouco quando vamos de férias e vemos as diferenças, novas culturas, povos diferentes. Tudo isso nos inspira. Todas as cidades têm a sua aura.

– Este disco chega após os problemas com o vocalista Tom Chaplin, que esteve em reabilitação. Como lidaram com isso, já que são também amigos de infância?
– Foram tempos muito maus. Descemos ao mais baixo que era possível. Mas sobrevivemos.

– Alguma vez pensaram acabar?
– Pensámos. Quando o Tom estava mesmo mal, o mais importante era recuperá-lo e não queríamos saber disto. Foram tempos assustadores.

– É o compositor dos Keane. Quando escreve ouve o Tom Chaplin?
– Escrevo para o Tom e, sim, oiço a voz dele. Sei como irá soar. Sai naturalmente.

- Atingiram o sucesso muito rapidamente. O que mudou?
- Foi tudo muito rápido, muito doido e confuso... Afectou-nos em vários aspectos: passámos a agir de outro modo e quando se passa tanto tempo juntos há que ter consciência disso. Não podíamos deixar de ser afectados. Mas aprendemos que não somos mais os putos que éramos há 20 anos. Aprendemos a perceber que somos três pessoas diferentes, que crescemos e que afinal somos como uma família. Foi isso que fez a banda grande.

– Têm um concerto marcado em Lisboa a 12 de Novembro, no Coliseu de Lisboa, onde já tocaram várias vezes. Que memórias guarda?
– Boas, para dizer a verdade. Fomos número um com ‘Hopes & Fears’ e nem queríamos acreditar. Era o primeiro álbum e já éramos lideres em Portugal. Lembro-me de um público caloroso, que gostava mesmo da nossa música. Foi muito bom. [O Coliseu] era um sitio muito bonito e mágico. A comida é óptima, as pessoas muito simpáticas. Uma vez fiz lá anos e foi óptimo. Sempre passámos lá bons tempos

PERFIL
Tim Rice-Oxley fundou os Keane em 1999, juntamente com o vocalista Tom Chaplin e o baterista Richard Hughes. O primeiro disco do trio britânico, ‘Hopes & Fears’ foi lançado em 2004, tornando-se um sucesso em todo o Mundo.


Luís Figueiredo Silva

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